Um coração aberto para vida!

Um coração aberto para vida!
Região Pe. Augusto Etchecopar

terça-feira, 22 de junho de 2010

BÉTHARRAM: POBRE, SIMPLES E PIEDOSO.

Se me perguntarem como se reconhece um autêntico betharramita, eu direi que é fácil caracterizá-lo, pela sua maneira simples e piedosa de viver.
Bétharram desde o seu nascimento, sempre foi caracterizado pela sua austeridade. E mesmo a primeira janta betharramita sofreu algumas privações. O Santo de Bétharram ao acolher o Pe. Chirou, não tinha nada mais que meio pedaço de pão caseiro e toucinho para oferecer-lhe.
Não obstante, tamanha era a alegria do Pe. Chirou, que mais tarde dirá: “Jamais comi com maior vontade e tamanha felicidade”.
O Santo de Bétharram sempre soube esperar a Divina Providência. Contam que não tinha dinheiro para nada, quando chegou um cobrador, disposto a tomar os lotes de Bétharram; a dívida era de 6.000 francos.
São Miguel buscou em todas as suas economias e somente conseguiu juntar a metade da dívida. E confiante exclamou: “A Santíssima Virgem solucionará tudo”. E logo em seguida entra um irmão gritando haver encontrado no altar de Nossa Senhora do Belo Ramo, uma oferta no valor de 6.000 francos.
O mesmo passou quando estava para enviar a América os oito primeiros missionários; em que São Miguel arrecadou uma quantia estimada que nunca alcançou juntar o Pe. Cazabán (ecônomo da casa), quem só dava moedas ao irmão “despenseiro” para comprar fiado as provisões da comunidade...
O Santo somente confiava na providência e, ao seu pedido de socorro, eram muitos os fiéis generosos. Numerosos cooperadores acudiam em seu socorro, seja com produtos da terra, seja com dinheiro.
Tamanha era a austeridade do Santo, que numa das suas correspondências ele dirá: “Não tenho nada... somente me fica o breviário, a bíblia e a teologia. Nunca fui mais feliz que hoje!”.
São Miguel era um homem simples, não necessitava dissimular; reconhecia-se pequeno, diante de Deus e exclamava sempre: “Somos servos inúteis”. Nunca buscava os primeiros lugares; se colocava como servidor de todos. Aniquilando-se sempre a exemplo do Divino Mestre.
Mais adiante o Servo de Deus Pe. Augusto Etchecopar (3º Superior Geral), dirá que: “Bétharram é Pobre e sempre será pobre”. Contam que ele estava saindo para Igón a confessar as Filhas da Cruz, quando um irmão lhe pediu para se agasalhar bem, porque estava nevando; ao ir buscar mais abrigo no seu guarda-roupa, não encontrou nada mais que uma jaqueta carcomida pelas traças e exclama: “Bétharram é pobre”.
E estando de visita canônica em Belém, escreve aos religiosos da América, fazendo referência ao voto de pobreza.
“O nosso grande Deus baixou a este presépio que acabei de visitar na intenção de vocês, por um ato da sua infinita caridade; é com esse objetivo de caridade e de selo que o nosso fundador e os seus intrépidos companheiros aceitaram a missão da América; ricos de amor pelas almas, como o Divino Mestre, eram pobres como Aquele que se fez pobre para enriquecermos”. (Pe. Etchecopar escreve ao Pe. Magendie, aos padres irmãos da América, desde Belém, 12 de dezembro de 1892).
A Beata Miriam de Jesus Crucificado não cansava de dizer ao Pe. Estrate (4º Superior Geral), “que amava a Bétharram, porque Bétharram é pobre, simples e piedoso”. Essa foi à característica que a Beata encontrou nos betharramitas que conhecia. Eram homens simples e piedosos.
Que pela intercessão dessa querida benfeitora, nós possamos ser uns autênticos betharramitas. Homens comprometidos com a nossa vocação de consagrados, tendo o Magnífica como o nosso cântico predileto.

Ir. Davi Lara, SCJ

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