Um coração aberto para vida!

Um coração aberto para vida!
Região Pe. Augusto Etchecopar

terça-feira, 22 de junho de 2010

A GENEROSIDADE BETHARRAMITA

A família betharramita nasceu da generosidade por excelência, do Verbo Encarnado, que num ato de amor, deixou a sua condição divina e se rebaixou a nossa miséria, para levar-nos a Deus.
São Miguel soube contemplar o passo generoso de Jesus, que por amor se fez homem e viveu entre nós como outro qualquer, exceto no pecado. E buscou com precisão a fórmula para viver esta generosidade encarnada.
Todo Betharramita pela sua essência está chamado a viver tal como viveu Jesus, num estado de plena entrega aos demais, principalmente aos mais pobres e enfermos. A generosidade do Ecce Venio o levou a viver completamente entregue a Deus, submisso à Vontade do Pai. Nunca buscou para si honras, aclamações. Pelo contrário, buscou fazer o nome de Deus amado e conhecido por todos.
Um autêntico Betharramita a exemplo do Verbo Encarnado, está sempre disponível a fazer a Vontade do Pai. Sabe trabalhar e também sabe retirar-se. É consciente da sua condição de servo, de servidor inútil. É generoso em tudo o que faz. Sabe que o importante não é fazer muito e sim fazer com um coração generoso as coisas que lhe foram confiadas. É capaz de exercer a imensidade da caridade dentro dos limites da sua posição. Nunca reserva nada para si, saber partilhar. Como a viúva do evangelho que entregou ao Senhor as únicas duas moedas que possuía. O Betharramita confia na Divina Providência. Sabe que todas as coisas criadas procedem de Deus e até mesmo a existência da Congregação.
Bétharram sempre foi marcado pela sua generosidade imensa. Desde a sua fundação, existiu para o serviço da Igreja. Os nossos primeiros betharramitas entregaram as suas vidas na diocese de Baiona: preegando, confessando, evangelizando, educando... viveram para os demais.
A missão da América demonstra claramente a imensa generosidade do Nosso Pai Fundador, que a pedido do bispo não pensou duas vezes para enviar os seus melhores religiosos, sendo que nesta época éramos pouquíssimos, menos de 30 religiosos com votos perpétuos.
Bétharram é pobre e sabe dar com generosidade. Crê que para Deus é necessário colocar a nossa parte e deixar que ele faça o milagre. Como na multiplicação dos pães.
O Eis-me aqui de São Miguel é generoso, não se restringe a nenhum trabalho específico, está aberto aos tempos e as necessidades da Igreja.
Quando o Papa Leão XIII pediu ao Superior Geral Pe. Bourdenne para que fosse plantar o Belo Ramo no Paraguai, de imediato os betharramitas disseram “eis-me aqui” e foram trabalhar nos colégios, nas paróquias e nas missões junto aos pobres.
O mesmo aconteceu no Brasil que a pedido do Cardeal Dom Sebastião do Rio de Janeiro, os betharramitas montaram o seu acampamento junto à Serra da Mantiqueira; e daí se expandiu para muitos outros lugares, produzindo belos frutos.
O betharramita é um valente guerreiro, na sua entrega a Deus e à Igreja. Apesar dos contratempos, não desiste nunca. Segue sempre adiante, acredita que tudo vale a pena se o coração não é pequeno.
É por isso que o betharramita é um homem obediente, por que sabe que esta é a entrega mais generosa a Deus. Deixar-se guiar pelos desígnos do Pai Celestial.
São Miguel sonhou com homens de caráter idonei, expediti et expositi; abnegados e dispostos a obedecer sem demora, sem reserva, para sempre, por amor antes que por qualquer outro motivo.
Que a exemplo de Nossa Senhora do Belo Ramo, na sua imensa generosidade ao dizer o seu Sim a Deus, possamos aprender a viver em generosidade, entregando-nos cada vez mais na missão a nós confiada. E ao fim da tarde, exclamar-nos: “fazemos o que devíamos fazer”.

Ir. Davi Lara, SCJ

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